sábado, 20 de outubro de 2012



Respiro e aguardo
Aguardo o toque,
Sem o sentir
Um frémito percorre-me.

Rasgas-me a roupa.

Escondemos os actos numa
Angústia 
Que passeia pelos nossos corpos. 

Após o prazer
Um sorriso no ar.
Um silêncio mudo
De Prazer Infinito.


Num sorriso de prazer 
que me percorre o corpo quando me tocas o rosto, 
Respiro...
E o ar quente envolvo-me nos teus olhos, 
perdendo-me. 

Neste toque, 
uma ilusão perdida 
que nos consume. 

Neste rio nos entregamos 
num sentido sem culpa. 

Pouco nos prende nesta vontade de sentir, 
a pele a queimar, 
o odor que percorre o espaço 
como uma canção que nos embala,

Envolvemo nos neste prazer, 
deixando-nos mudos, 
mudos nesta loucura desenfreada em que nos permitimos soltar.

Soltar num desejo louco 
e que se consume num minutos de horas.

Grita, 
grita o meu nome, 
porque no segundo seguinte 
transformo-me num sonho irreal.


Não apagues nada
Não apagues o que sentes,
Deixa-o consumir-te,
Devorar-te.

Não apagues de ti o desejo
Não apagues a vontade,
Deixa-o queimar-te,
Levar-te.

Não apagues a esperança
Não apagues a verdade,
Deixa a arrastar-te,
Sê Feliz.