quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Voo para longe
Para aquela clareira,
Velha clareira.
Ninho doce e morno.
Acrobata de destinos,
Equilibro-me.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Noite estrelada

Noite estrelada
Que lá no alto me iluminas,
Deita sobre mim
A poalha das estrelas.

Sobre o brilho incandescente,
Navegarei
Numa busca insana.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Vento

Vem por entre as arvores
e envolve-me,
recosta-te em mim.

Corre,
Corre vento,
Choca contra mim.
Esgota-me.

Consume-me numa corrida contra o tempo,
numa ânsia,
numa sofreguidão.

Terás o teu momento,
momento único.
Vendaval de emoções,
ventania de vazio.

Serei para ti,
a imagem reflectida na água.
Escaparei por entre a folhagem
e numa tormenta,
quebrarei o feitiço.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Dia de chuva


Este dia transformou-se
num dia de chuva.
Chuva ácida que corrói,
desintegra.

Vale a pena parar este dia?

Nuvens que fluem
numa liberdade relativa.
Que se aproximam velozmente
como castelos voadores.

Diz-me,
paramos as nuvens?

Temos para onde correr?
 
 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Desenha-me um rio

Desenha-me um rio,
inscrito na pele.

Corre em mim.
Grava-te em mim.

Deixa-me perder em ti,
sem me encontrar nunca mais,
nas correntezas de ti.

Procura-meEncontra-me.
Não me deixes planar eternamente,
Nesta imensidão.